Exportação de Cachaça: Como Vender no Exterior

A exportação de cachaça é uma oportunidade de ouro para produtores brasileiros que desejam expandir seus horizontes.
Mas como transformar a paixão nacional em um sucesso de vendas global? Esse processo envolve desde a adequação do produto até questões regulatórias e de marketing.
Conquistar paladares internacionais exige planejamento, conhecimento de mercado e uma boa dose de ousadia para apresentar a cachaça brasileira ao mundo. Essa apresentação deve não ser apenas como um destilado, mas como uma experiência cultural!
Para produtores que miram o mercado externo, entender o que torna a cachaça especial aos olhos do consumidor estrangeiro é o primeiro passo. A autenticidade, a história por trás da produção e a versatilidade da bebida são os pilares para construir uma marca forte e desejada.
Desvendando o Mercado Global: Onde a Cachaça Brilha
Antes de encaixotar as primeiras garrafas, é fundamental realizar uma análise de mercado criteriosa. Atualmente, os Estados Unidos e a Alemanha despontam como os maiores importadores da nossa cachaça. No entanto, cada mercado possui suas particularidades e preferências que precisam ser estudadas.
Estados Unidos: A Premiunização e a Cultura do Coquetel
O consumidor americano tem demonstrado um apetite crescente por destilados premium e artesanais. A tendência da "premiunização" é uma janela de oportunidade para as cachaças de alambique. Isso porque essas cachaças carregam uma história, um terroir e um processo de produção diferenciado.
O sucesso da tequila no mercado americano, por exemplo, serve de inspiração. Marcas de tequila investiram pesado na educação do consumidor. Elas associaram-se a celebridades e posicionaram a bebida como um ingrediente versátil e sofisticado para coquetéis.
Para a cachaça, isso significa ir além da caipirinha. É necessário explorar novas combinações e educar bartenders sobre o potencial do destilado brasileiro em clássicos da coquetelaria.
Alemanha: A Tradição Encontra a Qualidade
O mercado alemão, por sua vez, combina um apreço por tradição com uma busca por qualidade. A estratégia para este mercado passa por destacar os diferentes tipos de madeira usados no envelhecimento. Você também pode pontuar os métodos de produção (alambique vs. coluna) e a certificação de origem, que garante a autenticidade do produto. Participar de feiras de bebidas e eventos de degustação na Europa também é uma ótima maneira de mostrar essa riqueza a distribuidores e consumidores.
A Jornada da Exportação: Burocracia e Logística
Exportar é um processo que exige atenção aos detalhes. A burocracia pode parecer intimidadora, mas com organização e o apoio de especialistas, o caminho se torna mais claro. O primeiro passo para uma empresa que quer vender no exterior é se habilitar no RADAR. O RADAR é o Registro e Rastreamento da Atuação dos Intervenientes Aduaneiros da Receita Federal.
Em seguida, é preciso registrar o estabelecimento e os produtos no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). A documentação é uma parte importante da jornada. Ela inclui a Fatura Comercial, o Romaneio de Carga e o Conhecimento de Embarque.
Para entrar em mercados como o americano e o europeu, as exigências são ainda mais específicas:
- Estados Unidos: É necessário obter uma permissão do Alcohol and Tobacco Tax and Trade Bureau (TTB). Contar com a assessoria de uma empresa especializada pode ser decisivo. O B2B Trade Center, por exemplo, possui uma equipe que pode auxiliar sua empresa com esse registro e na busca pelos parceiros ideais. E aqui vai uma dica importante: para ser considerada oficialmente cachaça nos Estados Unidos, o teor alcoólico precisa estar entre 38% e 48% de álcool por volume (ABV). Se não estiver nessa faixa, para eles, nem é cachaça!
- União Europeia: As bebidas devem seguir a General Food Law, que estabelece regras rigorosas de segurança alimentar. Para esses casos regulatórios, o B2B Trade Center também pode ajudar! Além disso, cada país possui suas próprias alíquotas de impostos especiais de consumo (excise duties).
A logística internacional é outro ponto vital. Serviços como o do B2B Freight facilitam a cotação e a contratação de fretes internacionais. Assim, sua empresa garante que o produto seja manuseado corretamente e chegue ao seu destino em perfeitas condições.
Marketing e Branding: Vendendo Mais que uma Bebida
Com a parte burocrática resolvida, o foco volta para a conquista do consumidor. Como fazer com que um americano ou um alemão escolha a sua cachaça na prateleira? A resposta está em contar uma história convincente e criar uma marca memorável.
- Storytelling: Qual é a história da sua cachaça? Ela é produzida pela mesma família há gerações? Utiliza uma madeira rara da Amazônia para envelhecer? Esses detalhes criam uma conexão emocional com o consumidor, que hoje busca produtos com alma e propósito.
- Design da Embalagem: A garrafa é o primeiro ponto de contato com o cliente. Uma embalagem que se destaque, que comunique a qualidade e a origem do produto, é um investimento essencial.
- Marketing Digital: As redes sociais são ferramentas poderosas para construir uma marca global. Crie conteúdo que eduque sobre a cachaça, mostre receitas de coquetéis e conte a história do seu alambique.
- Participação em Eventos: Marcar presença em feiras internacionais é uma estratégia fundamental. Com o plano de marketing definido, o próximo passo é conectar-se aos compradores. Para isso, você pode tornar-se um vendedor na B2Brazil para alcançar clientes em todo o mundo.
O Apoio que Faz a Diferença
Felizmente, o produtor brasileiro não está sozinho nessa jornada. Instituições como o Instituto Brasileiro da Cachaça (IBRAC) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) oferecem um suporte valioso. Além do suporte institucional, aprofundar o conhecimento é um diferencial. Também é importante entender ainda mais sobre a importância da exportação de cachaça para fortalecer sua estratégia.
Buscar essas fontes de apoio e conhecimento pode abrir novas oportunidades. Elas fornecem as ferramentas necessárias para competir no cenário global. A exportação de cachaça é mais do que uma transação comercial; é um ato de compartilhar um pedaço da cultura brasileira.
Ao focar na qualidade e contar uma boa história, os produtores podem aumentar seu faturamento. Eles também podem consolidar a cachaça como um destilado de prestígio mundial. A cachaça se tornará, assim, cada vez mais apreciada por sua complexidade e pela sua alma inconfundivelmente brasileira.
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